Tiago Santiago engoliu o que disse no início!
Ontem o Brasil todo acompanhou um capítulo electrizante de A Favorita, de uma qualidade comparável aos melhores filmes de terror, drama e suspense do exterior.
Uma seqüência que somente poderia ter sido criada por um autor genial como João Emanuel Carneiro, o maior talento da nova geração e que provou merecer ocupar o seleto espaço de autores de novela das “oito”, o coringa da programação global.
Muito se fala sobre a Globo ser muito rígida e dificilmente abrir espaço para novos nomes, entretanto, somente neste ano, vimos o surgimento de Andrea Maltarolli com a deliciosa Beleza Pura, e, agora, a consagração de Carneiro, vindo de sucessos como Da Cor do Pecado e Cobras e Lagartos.
O que se observa, na verdade, é o que eu disse: muito se fala. Existe um ex co-autor e roteirista da Rede Globo que vive dizendo isso, por exemplo. Deu sorte em um outro canal, e, no auge de sua prepotência, acreditou que seu “fenômeno” de novela bateria de frente com A Favorita, trama que apelidou carinhosamente de A Rejeitada. Mas ele não contava com a astúcia de um homem que nem era o Chapolin Colorado.
Ele e outros mais decretaram o fim da trama logo que foi revelado o nome da assassina, pois acreditaram que assim acabaria o suspense e o interesse do público, e, claro, a criatividade do autor. Não foi o que ocorreu. A genialidade de Carneiro deu espaço a todos os núcleos do folhetim, e não somente ao policial, como ocorria antes, trouxe novas histórias e temáticas e fez que, além da dupla Claudia Raia e Patrícia Pillar, Lilia Cabral brilhasse mais uma vez. Três atrizes que desempenharam tão bem seus papéis que dificultam a escolha de melhor atriz do ano.
Também trouxe um elenco fenomemal de monstros sagrados que proporcionaram interpretações de babar. Glória Menezes, Suzana Faini, Tarcício Meira, Mauro Mendonça, Ary Fontoura, Genésio de Barros e Milton Gonçalves. Esse pessoal mostrou o que é atuar de verdade.
E, nos últimos capítulos, especialmente Mauro Mendonça. Apenas com uso de expressões faciais mostrou todo o pavor de Gonçalo ao descobrir a verdade sobre Flora e também o ódio ao desmascará-la em um capítulo tão redondo quanto o de ontem. Gonçalo morreu, mas, antes, lavou sua alma, disse tudo o que a vilã precisava ouvir, e, o melhor de tudo, fazendo uso do mesmo deboche com o qual ela lidou com a família Fontini todo esse tempo. E, agora, antes de ser desmascarada, a vilã loira ainda irá aprontar muito neste último mês de A Favorita que promete ferver.
O engraçado é alguns críticos dizendo que Flora e Donatela deixaram de ser dúbias. Vocês não assistem a novela? Ontem, inclusive, mesmo sendo a vilã, Flora continuava jogando como a boazinha da história, e, Donatela, segue como sempre fez: se fazendo de coitada e culpando Flora. Ou seja, não tivesse Carneiro revelado a assassina logo no início, ainda hoje a dúvida pairava no ar, pois todos seríamos Irenes.
Agora, Endrigo, o que você quis dizer lá em cima ao comentar que certo autor não teve uma grande oportunidade na Globo? Quis dizer tudo, afinal de contas, a Globo teve todos os motivos do mundo para não dá-la a uma pessoa que escreve uma porcaria de novela como Os Mutantes e ainda se acha o rei da cocada preta.
O mais engraçado? Essa mesma pessoa que dizia que iria ter a primeira novela a desbancar a novela das oito da Globo, no auge dos 24 pontos, hoje briga com colunista em seu blog. Patrícia Kogut disse em sua coluna que ele dá dez e ele retruca dizendo que dá 12 pontos de audiência. De qualquer forma, 12, é metade de 24, e, enquanto ele vê sua trama agonizando em público, A Favorita segue dando mais de 45. Mesmo não sendo a maior audiência da história da TV, oferece algo superior, que é uma história de verdade e não um troço sem pé nem cabeça, o que faz total sentido, afinal, na novela do outro tem até a mula.
Enfim, parabéns João Emanuel Carneiro, mais uma vez. Um autor de verdade.
Por Endrigo Annyston
www.cenaaberta.tv
Eheh toma lá Tiago Santiago! Ele achava que aquela porcaria dos Mutantes ia incomodar A Favorita. Se incomodou foi só mesmo na estreia, porque de alguns meses para cá nem se ouve falar em tal bizarrice que é aquela novela horrível que eu nem aguentei assitir durante 10 minutos. Coisa mais estapafúrdia nunca vi, eu tinha vergonha de escrever uma novela assim. Ele que olhe e aprenda como é que se escreve uma novela como A Favorita. Sou da mesma opinião deste colunista, A Favorita é a melhor novela que eu já vi só tenho pena de estar a pouco mais de um mês do fim... Está mesmo difícil de escolher entre essas 3 maravilhosas actrizes que nos vêm presenteando com representações nota 20 nesta novela!