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Blog sobre a novela A Favorita

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04
Ago08

Carmo Dalla Vecchia diz que não é como Zé Bob

Tititi

Paulo VitaleCarmo Dalla Vecchia, o galã da nova novela das 8 da TV Globo, A Favorita, conversou com QUEM em um hotel de São Paulo durante uma rápida passagem pela cidade. Houve uma segunda rodada de perguntas, por telefone. O ator, de 36 anos, estava tenso. “Essa é a primeira matéria que estou fazendo desde que a novela entrou no ar. Fico com um pouco de receio.” Durante a primeira conversa, o ator passava as mãos nos cabelos – que deixou crescer especialmente para compor o jornalista Zé Bob, da trama de João Emanuel Carneiro – o tempo todo. Na sessão de fotos, pediu para ser avisado se o cabelo armasse.
O novo galã está sem namorar há um ano. Diz que não bebe, não fuma, não vai para baladas, que adora esportes e é budista praticante: faz orações duas vezes por dia, diante de um pergaminho, quando está em casa, ou em um cantinho improvisado, quando está gravando. Carrega sempre seu sutra, o livro de orações. E já decidiu que, assim que a novela terminar, embarca de férias para o Japão.
Nesta entrevista, Carmo Dalla Vecchia define-se como um cara caseiro e bom moço e refuta a polêmica em torno do beijo que deu no ator Eriberto Leão no filme Onde Andará Dulce Veiga?, que estreou na semana passada. “Não fizemos um filme pornô, entende?”

QUEM: O convite para protagonizar A Favorita veio do próprio autor, João Emanuel Carneiro?
CARMO DALLA VECCHIA
: Veio através de João e Ricardo (Waddington), mas sem dúvida nenhuma aconteceu graças ao sucesso de Luciano, personagem que fiz em Cobras & Lagartos (2006), também de autoria de João. O papel não era tão grande na sinopse, mas Luciano se desenvolveu e teve grande aceitação do público.

QUEM: E agora você se tornou protagonista, e da novela das 8...
CDV
: Essa carga não interfere na qualidade do meu trabalho. Meu objetivo de ser ator é o prazer que eu tenho de interpretar. O sucesso que advém disso não é o meu foco. Então, se é uma novela das 8, das 7, isso não importa.

QUEM: E se o personagem não pegar?
CDV
: Se tiver sucesso ou rejeição, isso é parte de uma série de critérios que não é só o seu trabalho. Envolve trama, envolve o que o país está passando, envolve o que as pessoas querem saber, envolve uma série de coisas. Eu não posso estar impregnado dessa energia quando faço meu trabalho.

QUEM: Como é interpretar o Zé Bob?
CDV
: Ele é completamente diferente de tudo o que já fiz. Zé Bob é um cara de sorriso muito fácil, é um cara solar. Por isso, é um dos personagens que mais me exige, ao contrário da maioria dos que interpretei, que tinham algum problema psicológico. Com o Zé Bob, passei a ter entendimento maior da profissão de jornalista e do quanto é difícil criar matérias para alimentar a curiosidade das pessoas.

QUEM: E como tem sido a reação do público?
CDV
: Saio muito pouco. Fui ao Fashion Week e foi uma loucura. Me senti um pouco Mickey, porque era um assédio muito grande e eu sou uma pessoa muito caseira, e o sucesso que essa novela está fazendo, das pessoas quererem saber quem matou, quem não matou, quem eu acho que é culpada...

QUEM: O assédio incomoda?
CDV
: Não, de forma nenhuma. Se me incomodasse, eu não poderia ir a um lugar como esse. Isso não é um problema para mim.

QUEM: Você recebe cantadas?
CDV
: Elas às vezes perdem a linha. Na academia, já me disseram “vem fazer uma entrevista comigo” e “te conto a entrevista que você vai fazer comigo”, esse tipo de coisa (risos). Mas levo na brincadeira. Numa novela das 8, com uma audiência tão grande como a nossa, do dia para a noite parece que as pessoas começam a ver você de uma outra forma.

QUEM: Você parece reservado. Como protagonista, não seria bom para sua imagem
se expor mais?
CDV
: O fato de ser um protagonista das 8 gera curiosidade. Mas a vida da gente não deveria ser revirada do avesso para as pessoas deglutirem. Eu sei que interessa muito o lado B, né? Só que a gente não é disco de vinil para ter lado B e as pessoas ficarem falando (risos)! Não querem saber se você lê Stanislavski. Querem saber a baixaria.

QUEM: E qual é seu lado B?
CDV
: Meu lado B talvez seja um lado que não interesse tanto às pessoas, porque é extremamente normal. Eu sou um cara que veio de Carazinho, interior do Rio Grande do Sul, e tinha o grande sonho de ser ator. Sou uma pessoa que gosta de ficar em casa, montar quebra-cabeça, colecionar brinquedos. É um lado sem glamour.

QUEM: Como assim, sem glamour?
CDV
: Glamour é o que as pessoas esperam. Às vezes as pessoas têm uma imagem de que você é aquilo que está representando e criam a fantasia. Todas as coisas que eu faço me trazem uma felicidade muito grande. São coisas simples, como ficar em casa, escutar música, dar um mergulho no mar. Não parece a mesma pessoa que se vê na televisão beijando aquelas quatro mulheres. Eu sou um cara tranqüilo. Não sou esse pegador. Não sou o Zé Bob, entendeu? Não estou namorando e sou muito quietinho. Eu sou um rapaz de família, um bom garoto, um bom menino (risos). Só falta ser mineiro, né? Que pega todas! Mas quem pega todas não conta, não é verdade?

 

QUEM: Ou não. Tem gente que pega todas e faz questão de mostrar...
CDV: Mas aí corre o risco de alguém sair por aí e falar que não pega direito. Quem pega bem mesmo não conta (risos)!

QUEM: É o seu caso?
CDV
: Não (risos)! Mas é óbvio que, se fosse, eu não ia falar, né?

QUEM: Quando foi a última vez que você namorou?
CDV
: A última vez que eu namorei? Ah... eu dou uns beijos na boca.

QUEM: Você é um cara solitário?
CDV
: Não. Tenho uma família genial, amigos fantásticos, estou com a casa sempre cheia de gente. Eu não sou um cara baladeiro.

QUEM: Como é sua rotina?
CDV
: Eu tenho uma vida muito saudável e faço muita actividade física, porque gosto e tenho necessidade. Quando não faço, fico de mau humor. Além disso, moro sozinho em um apartamento no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Minha família vive em Santa Maria (RS), mas é muito difícil eu ir para lá, ainda mais porque não dirijo.

QUEM: Por quê?
CDV
: Eu sei dirigir muito bem, mas é uma opção minha não dirigir. Só dirijo carro e moto na televisão. É que eu tenho uma dificuldade muito grande em lidar com a violência. Sou um cara muito pacífico, muito calmo. O trânsito é algo muito violento, e se você for muito agressivo comigo... ou vou me retrair muito, ou vou ao extremo oposto disso.

QUEM: Como assim?
CDV
: Não sou brigão e nervoso, não é isso. Mas, justamente por ser um cara muito pacífico, eu sou uma pessoa que evita confrontos. Eu não tenho essa personalidade do Zé Bob, que, quando percebe o lado fraco da pessoa, vai lá cutucar e saber o que está acontecendo.

QUEM: Você disse que gosta de ter tudo sob controle...
CDV:
Justamente por isso, eu sou uma pessoa que não bebe demais e não faz nada que seja extremo.

QUEM: Não tenta controlar mais nada?
CDV
: Também gosto de ter controle sobre o meu trabalho, saber o que está acontecendo. Parece que eu estou ouvindo a sua editora, você chegando com a matéria pronta e ela dizendo para você assim: “Tem que emendar um pouco isso mais, tem que botar mais pimenta. Liga para ele de novo e manda ele falar da agressividade, do lado B, ver o que sai mais daí, se tem algum podre, porque a matéria está muito calma” (risos).

QUEM: Por falar nisso, e a polêmica do beijo entre você e Eriberto Leão, no filme Onde Andará Dulce Veiga?
CDV
: No caso desse filme, não é nem um beijo gay, né? O personagem não é gay. Ele era apaixonado pela Dulce, ficou louco e usa as roupas da Dulce. Acha que é a Dulce. É um cara que foi para a prisão, foi torturado, está louco, tendo uma crise de abstinência, e o personagem do Eriberto vem perguntar a ele onde andará Dulce. Essa é a história dele.

QUEM: Foi difícil fazer essa cena?
CDV
: Foi muito difícil para mim o processo do filme, porque eu fiz um laboratório muito forte, muito grande com dependentes químicos, portadores de HCV, de HIV, ou seja, foi um ambiente muito heavy metal. Quando eu fui visitar o Conselho Estadual Anti-drogas, no Rio de Janeiro, a primeira cena com que eu deparei foi um alcoólatra tendo ataque epiléptico no chão. Então, no meio de um universo como é esse, o beijo se tornou pequeno. A curiosidade das pessoas vai, mas eu brinco que a gente não fez um filme pornô, entendeu?

QUEM: Na vida real, você já teve alguma experiência homossexual?
CDV
: Eu não vou nem responder. Você não pode fazer esta pergunta para o cara que está fazendo o personagem que eu estou fazendo.

QUEM: E drogas, você já usou?
CDV
: A experiência com drogas que eu tive foi um pileque que eu tomei uma vez, aos 6 anos. Tomei caipirinha dos meus pais sem eles verem. Sou muito careta com droga, mas respeito, não tenho nenhum preconceito. 

 

Paulo Vitale

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