Deborah Secco quer que sua personagem na novela A Favorita, Maria do Céu, termine a trama com o homossexual Orlandinho (Iran Malfitano), conforme publicou Patrícia Kogut em seu blog.
"Torço muito pelo amor deles. Minha avó e minha irmã também. O público torce, fica até me dizendo que ele pode virar homem", disse ela.
"Se ela terminar com o Cassiano (Thiago Rodrigues) é mais genuíno, ela sempre o amou, mas a torcida pelo Orlandinho é maior. Eles podem se tornar grandes amigos e viver juntos assim, por que não?", completou.
A actriz disse também acreditar que o filho que sua personagem espera seja de Cassiano.
Segundo Deborah, Céu já está começando a se arrepender dos seus erros. "Já disse que a vida dela é muito suja. Sinto que as pessoas querem que ela encontre um caminho certo".
Iran Malfitano disse ao blog da colunista de TV Patrícia Kogut que quer seu personagem, o homossexual Orlandinho, fique com Cassiano (Thiago Rodrigues) no final da novela A Favorita.
Segundo ele, não há chances de seu personagem ficar com Halley (Cauã Reymond), já que o autor João Emanuel Carneiro "deve ter outros planos para o desfecho de Halley".
"Se ele ficasse com uma mulher no final, perderia a força. Então eu queria que ele se apaixonasse por outro personagem. Poderia bem ser o Cassiano", disse o actor.
Malfitano contou ainda que não esperava todo o sucesso de seu papel. "Quando João Emanuel me convidou para a novela, avisou que seria por pouco tempo. Fico muito feliz de ter ficado porque deu certo. Até eu me surpreendo com o que estou fazendo em cena. Nunca pensei que seria capaz de interpretar um personagem gay tão bem".
Nos próximos capítulos da novela, Orlandinho terá uma crise de ciúmes de Céu (Deborah Secco) e irá tirar satisfações com alguns rapazes que olharão para ela. No dia seguinte, entretanto, ele explica a mulher que continua o mesmo.
Os finais de Carmo Dalla Vecchia:
FLORA
Não pode morrer. Termina entrando na cadeia para cumprir mais 18 anos. Passa o tempo fazendo risquinhos na parede e pensando em Donatela.
DONATELA
É a mocinha da história. Tem final feliz com Zé Bob.
DODI (MURILO BENÍCIO)
Vai abrir o olho com a Flora. Nunca falei isso para ele porque tenho vergonha,mas sou fã do Murilo. Quando crescer quero ser igual a ele.
IRENE (GLÓRIA MENEZES)
Tem que se ferrar. Ficar sozinha e rica. Depois dos flashbacks, que mostra o quanto Donatela foi boa com a Lara, não justifi ca Irene ter problemas com ela desde o começo.
HALLEY (CAUÃ REYMOND)
Tem o DNA do Foguinho (personagem de Lázaro Ramos em ‘Cobras e Lagartos’). Ainda vai ter a virada de Halley e ele vai terminar melhor.
LARA (MARIANA XIMENES)
Acho sujeira ela beijar a boca e dizer que ama o Halley e ir ao show do Cassiano
(Thiago Rodrigues). No fi m, fi ca com o Cassiano.
ROMILDO (MILTON GONÇALVES)
O fim dele é na cadeia.
CÉU (DEBORAH SECCO)
Tem que ficar rica ao lado de um cara milionário, que pegue ela de verdade. ‘Tô
pagaaaando’.
AUGUSTO CÉSAR (ZÉ MAYER)
Volta a cantar e faz sucesso.
Cláudia Ohana contou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, em São Paulo, qual o final que prefere para sua personagem em A Favorita, Cida. A atriz torce para que a caminhoneira termine com Juca (Bento Ribeiro), seu namorado.
"Tomara que eles fiquem juntos. Vai ter um conflito por ele usar drogas, mas torço para que dê certo", disse.
Para a Cláudia, outro factor que ajuda para que o relacionamento aconteça é a pressão da família da personagem. "A família quer que ela case. Filha solteira e caminhoneira é complicado."
"É possível que eles voltem porque quando terminaram o namoro, Lara vivia um momento muito complicado em sua vida. O Cassiano só amou e se apaixonou por ela. Mas acho que ele não pode se iludir. Se não sentir segurança no sentimento dela, deve se afastar e não encontrá-la mais. Porque só distante é que você esquece o outro", opina Thiago Rodrigues, acrescentando que o relacionamento dos dois tem uma outra função na história.
"O romance entre eles tenta consertar a história de amor de Irene (Glória Menezes) e Copola (Tarcísio Meira)", explica o actor, referindo-se à paixão mal-resolvida que cerca os avós dos dois.
Mesmo sabendo que a relação entre Lara e Cassiano tem peso na trama, o actor não prefere tomar partido na disputa amorosa, que ainda envolve Alícia e Céu (Deborah Secco). "Já vi que não adianta o actor criar expectativa porque a gente quebra a cara", brinca.
Por isso, todas as fãs de Cassiano na trama ainda têm chances. "O sentimento que ele tem por Alícia é muito recente. Os dois ainda estão se apegando. Ela é muito divertida, brinca com a vida. Na sexta passada, gravei uma cena em que ela diz para ele: 'Agora vamos tentar outra roupa', e ele gosta disso", conta Thiago, sobre a iniciativa da jovem de dar um banho de loja no namorado para levá-lo a uma boate.
Com Céu, a relação é mais carnal. Mas desde o casamento da moça com Orlandinho (Iran Malfitano), o cantor optou pela discrição e por respeitar a relação do casal. "A Céu é daquelas mulheres que você não esquece. Ele é simples e se assusta quando ela vem naquela eloqüência. Ele gosta dela, mas acho que o tesão é o que mais pesa na relação. Ela poderia vir com a mesma sensualidade, mas de outra forma, mais mansinha", analisa o actor.
O autor de A Favorita já demonstrou interesse em explorar uma relação entre sua personagem e Catarina, mas até agora nada foi ao ar. Por quê?
Na verdade, não entrei na novela para fazer uma homossexual. A função da Stela é mexer na relação do Léo (Jackson Antunes) e da Catarina, mas o que já é certo é a relação de amizade entre as duas, que será cada vez mais forte. Existe a possibilidade de algo a mais, só que o João Emanuel não me adiantou nada. Mas vejo que o texto é conduzido para abrir essa possibilidade.
Você entrou na novela três meses depois da estreia e interpretando uma personagem sem muitas informações. Foi complicado?
É uma experiência diferente, até pela importância da personagem na história. Mas dei muita sorte porque caí em um núcleo que faz sucesso e é repleto de pessoas que admiro. Já trabalhei com a Lilia em Pedra Sobre Pedra e é maravilhoso atuar ao lado de alguém que a gente sabe que tem seriedade e que é profissional. Além dela, estou ali pertinho do Tarcísio (Meira), Chico Diaz, Jackson Antunes, são vários nomes de peso da emissora.
A Stela é dona de um restaurante e aparece cozinhando em vários momentos. Você precisou de uma preparação específica para esse papel?
Como eu não entrei no início da novela, não rolou nada específico. Geralmente, antes de gravar uma cena que envolva algo mais complexo na culinária, eu recebo o apoio de profissionais especializados que me ajudam. Mas tudo antes de gravar, nada muito exagerado. Até agora, tenho gostado muito do que vi.
A sexualidade da Stela ainda é incerta, mas o próprio texto indica esse amor platônico de sua personagem. Como você pretende trabalhar isso no ar caso a relação das duas evolua?
Será um casal como outro qualquer. Acho que o bacana é mostrar que não é nada de outro mundo. Assim como um homem e uma mulher que se amam, duas mulheres podem experimentar isso também. Tenho várias amigas que são gays e elas não são diferentes das outras mulheres. O que é inovador nessa história é a idade das personagens. É muito comum ver relações gays na TV entre jovens, mas não entre pessoas mais experientes. Tanto que eu trabalhei bem esse lado sério. Se acontecer em A Favorita, vai ser de uma forma madura, tranqüila.
De que forma você trabalhou essa seriedade na personagem?
Desde o início penso nisso. Antes de começarem as gravações, sugeriram um aplique para o meu cabelo. Aí fiquei pensando que não seria legal. Imaginei que poderia parecer meio gostosona, exuberante demais. Depois de algumas reflexões decidiu-se por esse corte mais clássico e simples mesmo. Isso me ajudou a, junto com os gestos e o texto da Stela, deixá-la com esse ar de seriedade. Acho que isso também aproxima ela da Catarina e ajuda a, de repente, aflorar esse sentimento entre elas.
A possibilidade de rejeição a uma personagem lésbica assusta você?
Não, eu seria doida se não torcesse por esse romance entre a Stela e a Catarina. Fiquei sabendo disso pela imprensa, mas adorei a possibilidade. Passei muito tempo esperando personagens mais densos. Hoje o que eu quero é ter história. Por mim, a Stela pode ser da máfia, louca e lésbica! Quanto mais conflitos, mais gratificante é o trabalho. Não gostaria que minha participação na novela se resumisse a uma mulher que chegou ali para abrir um restaurante e cozinhar bem.
Como são as reações do público em relação a isso?
Vejo muita gente torcendo para que a história se desenvolva. A trama da Catarina tem um apelo popular muito forte. Como a Stela está diretamente ligada à história, ouço muita gente revoltada sobre a forma como o Léo trata a mulher. Em nenhum momento ouvi algum comentário ruim sobre a aproximação das duas. A grande verdade é que não acho que o homossexualismo ainda seja um grande bicho de sete cabeças. A sociedade já avançou, hoje em dia as pessoas estão mais abertas para essa realidade.